terça-feira, fevereiro 05, 2008

Loup Garou

Todas as manhãs acordo e o meu primeiro pensamento do dia, o meu primeiro instinto e gritar (digo gritar porque uivar nao e um som que as cordas vocais humanas consigam produzir). Gritar ate esvaziar os pulmões, gritar ate partir os vidros da janela. Gritar e fazer ressoar o eco por toda a minha avenida. E tambem a ultima coisa que faço, quando estou debaixo dos lençois, em surdina, antes de ir dormir. E um acto de verdadeira liberdade, para quem esta preso a esta sociedade imunda, humana. Se olho pela janela, para a lua, ou para o monte que ensombra a minha casa da-me vontade de correr, quero fugir e correr o mais rapido possivel! Deixar tudo isto para tras e simplesmente livrar-me desta existência sem significado. Não vale a pena acreditar em nada... e tudo vazio. No entanto, a satisfação de não ter amarras, de ser Lobo neste mundo verde e azul e indiscritivel, a liberdade de quem nunca sera livre. Surpreendentemente, para alem do recreio metafisico (gosto tanto desta palavra!)da minha imaginação e dos sonhos casuais (que na verdade são experiências fantasticas), descobri toda esta revolta, este desejo (talvez seja mais correcto) num filme mal adaptado de uma obra literaria: Sangue e Chocolate. (Digo mal adaptado, porque parecem existir certas discrepâncias no argumento). Este filme foca a relação de uma Loup Garou, uma raça antiga e poderosa de homens que possuem o poder de se transformar em Lobos, com um americano problematico. Enquanto que o enredo se centra na sua relação, o que mais me admirou foi toda a alcateia de Loup Garou. A forma como viviam intensamente o seu dom! Eles, mais do que qualquer pessoa, podiam afirmar-se como livres! Podiam correr e fugir de tudo! Isto pode parecer estranho a grande maioria das pessoas, mas no final do filme, naquele ponto crucial em que o Homem apaixonado enfrenta o Lobo, eu estava em delirio! Desejava ardentemente a morte do Homem e a sobrevivência do Lobo e de tudo aquilo que ele representa! Claro que o meu desejo sangrento não se confirmou... o "Amor" prevaleceu. Treta! Eu ja cheirava a carne rasgada e queimada e a supremacia do "Mitico Realizado", daquela lenda que mostrava a liberdade no seu âmago! Este texto ja me andava na cabeça a muito tempo, mas so agora o escrevi. Fica o trailer menos mau do filme "Sangue e Chocolate". ass: Andre Marques

4 comentários:

Anónimo disse...

Ja estas a melhorar. Ja esta mais criativo, e menos cliche.
Da proximas vez assume a vontade que tens de escrever, e deixa o resto de lado. Nao esperes pela madrugada para escrever sobre o efeito de um "Sonho Acordado".

Unknown disse...

Diogo Figueira, ainda não me emprestaste o dvd! CC
Não me digas que vou ter que o pedir ao André Marques ^^

Unknown disse...

Agora que já o vi já posso opinar xD

Dioguinho... é um filme, é pura ficção! Portanto, quando quiseres que seja o Loup Garou a vencer na vida real podes fazê-lo, ninguém te impede! ;)

Eu por mim deixava o sangue de lado e ficava só com o chocolate :P

Unknown disse...

Parece impossível mas... ao fim de muito tentarmos já conseguimos ver filmes sossegadinhos xD