domingo, fevereiro 08, 2009

Saberas Quando A Altura For Certa

Maria Helena e Javier beijavam-se. As suas saudades esvaneciam-se em vapor em oposição à chuva que fazia nesse dia e a sua silhueta era recortada pelo pôr-do-sol. A cara de Javier era toda ela felicidade. Podia acabar o mundo que a sua expressão não mudaria. Maria Helena deliciava-se com o forte abraço que a envolvia, de repente, as suas duvídas tinham-se esvanecido! Admoestara-se mentalmente: estar ali, naquele abraço, era tudo aquilo que necessitava. Ao deixarem para trás a estação o estranho gato não se consegiu conter: MIAAAU! Percorriam a Avenida de calçada portuguesa em passo acelerado. A chuva que caia apenas fazia com que eles se abraçacem mais e mais, numa vã tentativa de se esquivar da chuva, num esforço consciente por contacto humano. No lusco-fusco, os sinais publicitários brilhavam. As montras reluziam pelo caminho. Ambos se sentiam duas estrelas a passear na Broadway tal qual duas personagens dos fantásticos musicais. O nome deste: Dancing With Champagne... Se a ria falasse, não teria falta de histórias para contar. Em todos os seus séculos de existência, nem um só teria sido aborrecido. O seu encanto, propício ao amor, concerteza que rivaliza com os mais belos dos cursos que existem espalhados por esse mundo fora. Quando Javier se encontrou na ponte, a beleza estonteante de maria helena parou o tempo: as luzes iluminavam os seus cabelos loiros, tornando-os reluzentes; o seu olhar reflectia a lua, os seus lábios mantinham javier preso num crime da qual também era cumplice... A sua cumplicidade não acabava nos lábios, o vestido vermelho de Helena era elegante, tal como ela era bela, favorecia-a e mantinha escondidos todos os segredos... Segredos que apenas Javier podia desvendar...

O Post Que Te É Dedicado Por Não Saberes A Minha Morada

Maria Helena encostava a cabeça ao vidro da janela. O contacto conduzia as vibrações dos carris, transmitia-as aos seus pensamentos e propagava-as para as pontas dos seus dedos. A sua mente fervia de duvidas enquanto alguns medos emergiam, os seus dedos tremiam de excitação e de ansiedade. O seu coraçao aproveitava o ritmo daquela cadencia para se acalmar. Javier nunca a desiludira antes, porque começaria agora? Na estação, o gato miava. Este gato era estranho, habituara-se aos sons das carruagens enquanto atravessava o telhado de contraplacado que protegia os passageiros das chuvas invernais e do calor de verão. Este gato era estranho, gostava de ver as reuniões dos casais separados pela distância. Quantas vezes não tinha ele testemunhado os parzinhos que, com o fim da separação, não suportavam manter os seus lábios apartados. Este gato era estranho, como testemunha muda, limitava-se a soltar um Miau! aprovativo dos sentimentos que observava. Por baixo dele, o som distinto do Muac! acalmava dois corações exaltados.

terça-feira, fevereiro 03, 2009

Super Salty 19

Ele olhava descansadamente para o ecrã do portátil enquanto esperava pacientemente pela meia-noite.

O telemóvel toca. Ele surpreende-se, ainda não é a hora anunciada. Enquanto fala com a pessoa do outro lado da linha (muac) a sua voz ecoa pela casa, sem mais ninguem que se perturbe com o tom anormalmente alto. Ainda não é meia noite, mas já tem 19 anos, cortesia da musa que ligou.

Quando chega a meia noite, sucedem-se toques de mensagem. O aparelho, por vezes tão irritante dá os parabéns uma e outra vez. Ele ri-se, está contente. Parece que afinal não foi esquecido.

Passa meia hora. O zumbir das comunicações já parou. É então que ele se apercebe: mais um ano. Foi tudo tão rápido! Já acabou o 1º semestre! Já é um pouco mais adulto! Baixa os olhos e contempla na sua mente tudo aquilo por que passou naquele curto espaço de tempo: as desilusões, as saudades, as pequenas conquistas, as más escolhas. 365 dias parece tanto, e em 365 faz-se tão pouco: talvez seja só ele que se deixa deslumbrar e acaba com tudo por fazer e tanto por começar.

Por fim, como o sol a bater nos sensiveis olhos que saem da escuridao, abateu-se a solidão do momento. Ninguém em casa, e todas as pessoas que importam tão longe, afastadas ainda mais pelo temporal que se decidiu abater, tal qual premonição de desgraça futura. Baixou ainda mais os olhos e soluçou enquanto uma rabanada de vento abafava todos os sons.

Talvez para o ano seja diferente...

segunda-feira, fevereiro 02, 2009

Meus amigos

Quando inventaram as universidades, nunca ninguem se lembrou que marrar provoca cancro cerebral. no final de uma 2a feira ja estou a sangrar das orelhas! O meu tecido cartilagineo ficou todo naquele infeliz auditorio! Os meus condrocitos fizeram greve e os meus tecidos de transiçao passaram o ponto de ruptura! São os 20€ mais mal gastos da minha vida... Enfim eu bem disse que ia deixar os maus hábitos, parece que todo esse dinheiro bem poupadinho vai ser empregue no psicologo para cuidar das minhas fobias. Next Stop: mais 20€ por nao passar na melhoria de quimica! xD